sexta-feira, 31 de julho de 2009

Para a minha amiga Zé

É quando nos sentimos tristes que Tu nos vens alegrar.
É quando nos sentimos desamparados que Tu nos vens amparar.
É quando nos sentimos sozinhos que Tu vens ficar ao nosso lado.
É quando sofremos injustiças que Tu nos mostras a justiça de Deus.
É quando nos dizem um motivo para não acreditar em Deus que Tu nos mostras mil para Nele acreditar.
É quando amamos o nosso próximo que Tu vives no meio de nós.

Pela minha amiga Zé, pelo seu sofrimento, que Tu possas estar sempre do seu lado. Não deixes que se quebre a esperança, não deixes que seja visto um fim. Mostra que tudo vale a pena e a vida eterna pulsa para sempre dentro de nós!
Tantas pessoas aguardam um desfecho desta dor... Qualquer que ela seja, que a nossa fé em Ti nunca se esmoreça! Mas ainda acredito que tudo há-de correr pelo melhor.

Zé, beijinhos e que te possas sentir melhor. Não te conheço como pessoa, só te conheço pela situação em que te encontras e de que tantos falam. Agora também eu falo, e como já te conhecesse há muito tempo! Não te esqueças que quando ficares boa vamos todos a Fátima por ti!! Como nunca fui será uma boa oportunidade!
Estou sempre a rezar por ti...

Paz e Bem
Luisinha

segunda-feira, 27 de julho de 2009

No coração de Jesus

Senti-me perdida, num lugar escuro onde poucos me compreendem.
Chamei por Ti, Meu Melhor Amigo!!
No meio do caos que me rodeia, onde as pessoas não olham mais a sentimentos, perguntei-te:
"Onde é que eu estou?..."
Tu respondeste:
"Estás aqui, sempre no meu coração!".

Luisinha


domingo, 26 de julho de 2009


Pintei o meu quarto de lilás. Ficou lindo!!

Luisinha


sábado, 25 de julho de 2009

O sabonete da minha avó

Quando a minha avó morava na "casa velha" (como lhe chamamos), havia uma coisa na casa de banho que nunca encontrei em nenhuma casa de banho. Os sabonetes eram sempre cravados com uma chapinha redonda de metal e ficava pendurado num íman. Quando era criança até tinha mais gosto em ir lavar as mãos, só para poder pegar no sabonete!
Chegou o dia em que o senhorio resolveu vender a casa... Anos e anos de vida naquela casa, tanto que lá se viveu mas teve que ser. Ajudei-a a embalar as coisas para a mudança, encontramos coisas antigas, lembranças vieram à memória. Até tive direito a receber de prenda um conjunto de lençóis nunca usados! Foram para o meu enxoval.
Alguns anos depois de estar na casa nova, estes dias deparei-me com algo fora do normal... Fui à casa de banho e ao ir lavar as mãos, lá estava o sabonete com a chapinha de metal cravada no sabonete!! Mas esta casa de banho não tem o íman! Então para que é que ela sempre crava a chapinha no sabonete?! Nunca lhe perguntei, mas acho que sei a resposta... Há coisas que nos marcam na vida, e esta de certo foi uma delas!

Luisinha


Cartas

Eu gosto de escrever cartas. Apesar de haver os mails e blogs, onde tudo é mais rápido, ainda assim prefiro as cartas escritas à mão. Ainda troco cartas com amigas de infância, desde a época dos nossos 12, 13 anos quando começamos a trocar as primeiras cartinhas. Tenho cartas do meu primeiro namorado! Guardo todas as cartas com o maior carinho!
Gosto da escrita e do envio de cartas porque é mais pessoal do que escrever no computador. Gosto de enfeitar as folhas onde escrevo, pôr um toque pessoal.
Certa vez inscrevi-me num curso de informática. Sentou-se ao meu lado uma moça de quem fiquei amiga no primeiro instante! Escreviamos bilhetes durante as aulas, e eram tantos que um dia um professor perguntou que tanto nós escreviamos!? Dissemos que iriamos escrever um livro. Mas com uma convicção que ele e alguns dos nossos colegas acreditaram!! Eheheheh. O hábito de escrever bilhetes foi tanto que no fim do curso demos continuidade em forma de cartas. Já fui ao casamento dessa minha amiga. Agora ela mora perto, mas mesmo assim continuamos com as cartas!
É uma sensação muito boa abrir a caixa do correio e ver que tem lá uma cartinha...

Luisinha


sexta-feira, 24 de julho de 2009

Uma pena, um sinal!


Ontem, quando ainda estava triste pelo passarinho, estava na rua e vi alguma coisa a cair mesmo à minha frente devagarinho... Tive o reflexo de abrir a mão e caiu-me uma pequena pena de passarinho! Era branquinha, muito fofa. Talvez a pardalita esteja agora no céu. São Francisco é muito amigo dos animais, acredito que irá cuidar dela.
Guardei a pena de recordação, porque acho que nada é por acaso!
Pardalita, que pena que não consegui ajudar-te, desculpa se fiz pior em trazer-te para casa... Rezo por ti! Espero que agora possas voar em liberdade, como não o foste capaz de fazer aqui.
Paz e Bem!
Luisinha

quinta-feira, 23 de julho de 2009


A pardalita morreu...
Eram cerca das 6:30h da manhã...
Debateu-se nas minhas mãos e não pude fazer nada! Só chorar de tristeza...
Luisinha triste...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A Velhice do Padre Eterno




As crianças têm medo à noite, às horas mortas,
Do papão que as espera, hediondo, atrás das portas,
Para as levar no bolso ou no capuz dum frade.
Não te rias da infância, ó velha humanidade,
Que tu também tens medo ao bárbaro papão,
Que ruge pela boca enorme do trovão,
Que abençoa os punhais sangrentos dos tiranos,
Um papão que não faz a barba há seis mil anos,
E que mora, segundo os bonzos têm escrito,
Lá em cima, detrás da porta do infinito!

(Guerra Junqueiro, A Velhice do Padre Eterno)

Luisinha


Medo do escuro

Não sei porque é que ainda tenho medo do escuro...
Talvez porque quando era criança eu via pessoas e ouvia barulhos em casa! Isso deixou-me bastante aterrorizada, e quando chega a noite fico com medo de voltar a ver ou ouvir coisas semelhantes... Tenho sempre a sensação de que está alguém a observar-me! É uma sensação horrível. Estive quase para dormir com a luz acesa, mas como agora tenho a pardalita Zé não quis incomoda-la, só abri umas frinchas da persiana para não ficar tão às escuras. Que chatice! O pior é que quando amanhece eu sinto-me um bocado ridícula, porque de dia não tenho medo. Mas à noite... Quando já todos foram dormir, sinto-me sozinha! Não é sempre que tenho estes medos, mas quando os tenho fico mesmo mal... A noite passada tentei pensar em coisas boas, até resultou, dormi depressa, também já era bem tarde. Já me aconteceu de ter medos grandes, de chorar e ficar acordada até amanhecer!! É algo que ficou de criança mas eu não tenho receio de dizer que tenho medo, porque ter medo é normal, só não o deve ser muito normal no meu caso, mas enfim... Por isso eu acho que é muito importante dar atenção quando as crianças dizem que têm medo do escuro!
Talvez um dia isto me passe, ou não...

Luisinha


terça-feira, 21 de julho de 2009

Encontrei uma pardalita!

Estava na rua a caminho de resolver umas coisas e encontrei um passarinho bebé que não sabe voar. Trouxe-o para casa.
Já lhe dei água e aveia, agora está a dormir no meu ombro.
Faz-me lembrar há tempos quando também encontrei um filhote de pardal. Era uma fêmea (tal como esta). Tinha uma ferida na cabeça. A veterinária disse para tratar com "pomada do rabinho dos bebés" eheheh. Ela era muito querida. De manhã acordava cedo a piar para eu abrir a persiana. Depois subia para um espelho que tenho em cima da cómoda, eu punha as lentes de contacto e ela ficava a ver o que eu estava a fazer com umas caras engraçadas! Quando eu chegava da rua ela vinha a voar para o meu ombro. Quando eu descansava na cama ela deitava-se do meu lado, ou em cima das pernas ou dos braços. Todos os dias faziamos treinos de vôo, porque assim que ela pudesse voar iria à sua vida! Ela subia para a minha mão, eu atirava-a para o ar e a cada dia a distância de vôo aumentava, tivemos que ir para a sala onde havia mais espaço. Estava tão orgulhosa dela! Até que um dia eu tive a infeliz ideia de deitar água oxigenada na ferida dela... Foi assim que em poucos minutos ela morreu nas minhas mãos e eu chorei tanto... Esteve comigo um mês. Já foi há uns 2 anos ou mais, e quase na mesma época, quase no mesmo lugar aparece-me outra pardalita! Esta não tem feridas, só não sabe voar e acho que é mais pequenina que a outra! Acabou de acordar e está a piar ao meu ouvido. Espero poder fazer com ela o que não fui capaz de fazer pela outra! Sei que está a piar a chamar pela mãe, mas não podia deixá-la onde estava, perto da rua e num passeio onde passa gente que não se importa. Corria o risco de morrer! Está a limpar as asas. é tão bonita! Consigo vê-la do espelho. Fechou os olhos, se calhar vai dormir outra vez... Ou não! Lá os abre de vez em quando e torna a piar! eheheh
Já lhe fiz um ninho com uma caixinha de plástico dos bombons Ferrero Rocher e algodão, mas ela parece que ainda não percebeu que aquilo é para ela, quando a pus lá, saiu e foi refugiar-se num canto. Acho que se sente melhor como está agora, no meu ombro. Claro que esta foto é da net, mas quando puder tiro uma e ponho aqui. Agora só falta dar-lhe um nome...

Luisinha


O perfume dos meus pensamentos


Hoje é um dia pensativo...
Penso em tudo o que me acontece e no que virá por acontecer.
Hoje vou arrumar o meu quarto, tal como devemos arrumar a nossa mente. Quero ter as coisas organizadas, no lugar, acessíveis, úteis, que transmitam paz e amor. No regresso a casa reparo que os objectos ficaram fora do lugar. É importante encontrar um lugar certo para os objectos, assim como para os pensamentos.
No meu quarto tenho tantas coisas... algumas já não têm utilidade. É essa selecção que tenho de fazer, assim como nos meus pensamentos.
Depois de limpo e arrumado, quero que o meu quarto fique bem perfumado...
Como será que se perfuma o pensamento?
O perfume é o resultado da limpeza que fica. Quando temos pensamentos bons e transmitimos às pessoas fica uma aura boa, talvez esse seja o perfume dos pensamentos...
Hoje é um dia pensativo, e que então o perfume dos meus pensamentos se espalhe e deixe a sua marca...

Luisinha


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Os 10 Mandamentos

No Brasil fui visitar a tia da minha amiga que é caseira numa escola. Segundo ela, todos os anos ficam muitos livros nas prateleiras das salas de arrumos. São livros que são literalmente destruídos. Ela não disse porquê mas eu imagino... Fomos lá e começamos a pegar em livros que poderiam ser-nos úteis (um de ciências da natureza do 8º ano tinha uma explicação de uma parte da matéria que me fazia falta).
No meio de livros escolares encontrei um pequenino com o título "Os Dez Mandamentos, Princípios divinos para melhorar seus relacionamentos", de Loron Wade, um educador,pastor, professor de pastores, evangelista e teólogo. Fiquei com o livro. Li um pouco durante a viagem de camioneta para o aeroporto.
O autor diz algo interessante.

"Para aqueles que guardam o primeiro e o segundo mandamentos, a obediência aos demais será completamente natural. Se amamos a Deus - se Ele está no trono da nossa vida - nosso coração transbordará de amor pelas outras pessoas também".

Luisinha

domingo, 19 de julho de 2009

Ruído à minha volta

Preciso de silêncio, há muito "ruído" à minha volta...
Os sentimentos fazem muito barulho e quando as pessoas não sabem ocultar o que sentem, deitam os sentimentos cá para fora na forma de arrogâncias, acusações, cobranças, o que vier a calhar e for mais proveitoso para "sair vencedor". O que os outros sentem não tem importância.
Só vale o que vai dentro de cada um, o que vai dentro do próximo não conta e tem de ser eliminado. Assim é como as pessoas não se ouvem, não se aceitam, não procuram entender sequer o porquê de discordar do outro!! Nestes desentendimentos surge muito ruído...
Quero desviar-me desse ruído, já que nem terei oportunidade de ser ouvida.
Quero ser o silêncio necessário para ouvir os meus próprios sentimentos. Os dos outros eu procuro sempre ouvir, mas quando não se querem fazer ouvidos só posso lamentar...
Preciso encontrar o silêncio pois tenho coisas minhas para ouvir e aprender.
Preciso de silêncio para também aprender a ouvir os sons dos sentimentos dos outros.
Preciso de silêncio, tal como o passarinho precisa para poder se aproximar.
Preciso de silêncio para poder conhecer o que é o silêncio.
Só quando soubermos todas estas coisas poderemos expressar, ouvir e ser ouvido.
Mas... Até que as pessoas entendam esta pequena lição, o caos continua e eu retiro-me... Não sei lidar com o "ruído", mas uma coisa eu posso fazer...
Rezar...

Luisinha



sexta-feira, 17 de julho de 2009

Nas mãos do mundo

Às vezes sentimos que temos o mundo nas nossas mãos e podemos fazer tudo.
Que tudo o que sonhamos vai realizar-se, só porque o sonhamos!
Parece que o mundo existe só para nos receber e nada é mais importante que nós.
Sentimo-nos especiais com isso, sentimos que vale a pena viver.
Mas... Quando os sonhos estão prestes a "não-se-realizar"... Parece que esse mesmo mundo só existe para nos pôr a desgraça em evidência, para nos excluir. Aí ficamos nós nas mãos do mundo... De certo também nas mãos de Deus.

Luisinha

quarta-feira, 15 de julho de 2009

De volta para casa

Já estou de regresso a casa... Muita coisa ficou para trás fisicamente, mas de coração estará sempre presente.
Só tive a noção que estava a vir embora quando o motorista da camioneta apitou para eu entrar e assim que ele começou a andar as lágrimas vieram...
Também foi bom voltar para casa, já tinha saudades da família, das gatas, dos lugares, e da tranquilidade de andar na rua!!! Assim que me vi sozinha no meu quarto lembrei da azáfama que foi fazer as malas e sair do mesmo quarto. Parece que foi tudo um sonho! Mas não foi, foi bem real, algo que guardo para sempre comigo, porque o que me marcou mais não foi a experiência académica (que correu bem), e sim rever pessoas e lugares de há 15 anos atrás...
Sinto que agora a minha vida vai ser diferente daquela que teria sido se eu nunca tivesse lá voltado. Sinto-me feliz agora, mais preenchida! Já vejo as coisas de outra forma!
Por vezes é preciso ir a lugares e sentir as coisas ao vivo para mudarmos algo dentro de nós...
Segundo diz a sabedoria chinesa, deveríamos ir pelo menos uma vez por ano, a um lugar onde nunca estivemos na vida! Para mim ir aos mesmos lugares funcionou da mesma forma.

Luisinha


domingo, 12 de julho de 2009

Ter que ir embora...


Foi aqui que eu vivi muitas coisas boas, aqui onde vim matar saudades.
Amanhã regresso para casa e as saudades vão voltar...
Não sei quando poderei regressar um dia... Mas de coração estarei sempre nesta praia que tanto adoro!!
Para mim é inexplicável o que sinto por este lugar que me deu tantos momentos inesqueíveis, mas sei bem dizer a tristeza que me dá ter que ir embora...
Luisinha

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Revivendo memórias


Na Terça estive na praia. A mesma praia de há 15 anos atrás. A mesma praia onde eu costumava ir com o meu pai.
Entrei no mar, o mesmo mar de há 15 anos atrás. O mesmo mar onde o meu pai me levava até lá ao fundo, onde não tinhamos pé. A água tinha a mesma temperatura, parecia ter as mesmas ondas, o tempo parecia ter voltado, e ele parecia estar ao meu lado.
Cantei umas músicas que ouviamos naquele tempo e comecei a chorar... Preferi mergulhar. As lágrimas misturaram-se com a água do mar. Os sentimentos foram envolvidos pelas ondas e as lembranças voltaram...
"Queres vir comigo?" sorri e embrenhei-me no mar com ele.
"Pai segura na prancha!" era uma prancha de esferovite, ele segurou, eu pus-me de pé. Cheia de coragem saltei mergulhando de cabeça.
"Pai, chego até lá ao fundo! Queres ver?" ele sorria e eu voltei a subir para a prancha. Saltei de cabeça... Voltei com algumas bolachas do mar, uns seres redondos, achatados, parentes da estrela do mar. Eles vivem debaixo da areia e ao desviá-la pude encontrar algumas. Pus várias em cima da prancha.
"Vamos ver quem atira mais longe?" e fizemos das bolachas do mar uns discos e a ver quem atirava mais longe lá para o fundo!
"Ah, a minha foi mais longe!"
"Não foi não, olha a minha até onde vai..." e atira com força.
"Oh, mas tu tens mais força!" eu desiludida e ele a rir... eheheheh...
Ontem encontrei com um amigo do meu irmão, eu também brincava muito com ele. Estivemos toda a tarde juntos. Passamos na casa onde morei há 15 anos, já era noite. Estava tão diferente!! Comecei a chorar... O meu amigo abraçou-me e disse "não chora se não eu também choro pensando no meu pai (faleceu há 1 ano). Olha como está grande o abacateiro que seu pai plantou!"
"é..." era uma árvore realmente enorme, não pensei que crescesse tanto ou sequer que existia!!
"o seu pai gostava de ficar lá atrás não era?"
"era..." nas traseiras havia um quintal com tudo: tomate, alface, mamão, morango, maracujá, salsa, etc... O meu pai passava o tempo lá e todo o jardim morreu depois que ele morreu, mesmo ele tendo me explicado como cuidava e eu tentava fazer igual... Só o abacateiro ficou!
"É bom sentir saudades" disse ele.
"sim. Nós vivemos tantas coisas boas aqui..."
"mas você não gostava de Portugal?"
"gostava, mas aqui vivi outras coisas, estava mais próxima dos meus pais, tinha mais amigos..."
A tristeza não é bem tristeza, é também alegria de tudo rever e sentir...
Luisinha