sábado, 30 de maio de 2009

Talvez se torne realidade...

É aqui que eu me sinto bem, um lugar que ainda não existe... Por vezes só estou bem em lugares onde não estou, e não sei onde eles ficam para eu poder lá ir...
Gosto de sonhar que a minha vida vai ser assim, num lugar lindo feito de flores e frutos, legumes e animais. Uma casinha que parece saída das histórias infantis, os móveis mais ou menos tradicionais. Lá dentro não entram os modernismos, os quadros abstratos, os borrões, a não ser que sejam feitos por crianças, porque esses têm mais significado do que os borrões feitos por adultos! Esses transmitem algo e profundo. Lá dentro tem detalhes e cada canto tem uma vida, um sentimento. Cada lugar a sua decoração especial. Cá fora a harmonia da natureza, é nela que quero morar!
Talvez uma rede no meio das árvores, um lago com peixes, uma pequena capela onde deixo as flores frescas todos os dias, uma horta biológica de onde tiro o meu alimento, talvez uma nascente de onde possa recolher água.
Um marido e filhos a quem amar... Se possível alguns adoptados!
Sonho muitas coisas, mas nos dias de hoje, essas coisas não passam de coisas e os sonhos não passam de sonhos... Mas é bom sonhar! Talvez se torne realidade...

Luisinha

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Megy

Sinto saudades da Megy, a minha gatinha... Esta não é ela na foto mas é um pouco parecida.
Quando a conheci ela tinha cerca de 4 meses e estava numa jaula de um gatil, muito assustada, bufava, pensei que era má. Trouxe-a para casa com a irmã dela Piki. A Piki era muito meiga, cada vez que eu abria a jaula ela saltava no meu colo e só faltava dar cambalhotas!! Eu era Família de Acolhimento Temporário, até que surgisse um dono para elas. A associação que as cuidava fez a feira de adopção e eu levei-as de coração partido... Quando voltei vim com um nó na garganta e cheguei em casa a chorar, a pedir à minha mãe que me deixasse ficar com uma (porque já tinha a Kika). A minha mãe deixou e eu telefonei a uma voluntária e pedi que me guardasse a Megy, porque com o tempo ela tinha-se tornado mais meiga e a Piki mais agressiva, não sei porquê...
Tive sorte, quando lá cheguei a Piki já tinha sido adoptada e eu abracei a Megy bastante aliviada!!
Desde então somos inseparáveis... Ela parece a minha sombra! Até dorme comigo e às vezes adormeço com as massagens que ela faz com as patinhas na minha cabeça! Quando vou estudar ela sobe à mesa, passa o focinho na minha cara e deita no meu colo. Enfim, uma companheira. Quando viajei dei-lhe um beijinho e ela ficou na janela... Deixei uma roupa usada e ela não larga essa roupa. Só a mim ela deixava pegar ao colo e agora que não estou lá os meus irmãos dizem que ela está mais "sociável" já vai para a beira deles e deixa-se pegar ao colo. :)
Está quase na hora de eu voltar, e espero que ela não tenha esquecido de mim...
Adoro as minhas gatinhas: Megy, Kika e Suzi, mas a Megy é especial, apesar de não viver sem nenhuma delas...

Luisinha

sábado, 23 de maio de 2009

Até que ponto?!

Gosto mais dos dias de sol, parece que os dias têm mais de 24h, onde há mais tempo para ser feliz, onde sorrisos aparecem expontâneos com a luz e o nosso coração aquece com o calor do sol. Há mais disposição para enfrentar os desafios da vida, a esperança fica presente com mais facilidade. As flores alegram ainda mais esses dias, parecendo recados que Deus nos deixa nos campos e nos caminhos...
Mas se estamos sozinhos, até que ponto tudo isso nos faz sentir melhor?!

Luisinha




quarta-feira, 13 de maio de 2009

Mãe Querida!!


Não tenho palavras para ti...
Mas o meu coração fala a linguagem que Tu entendes!
Ainda estou a aprender a entender o teu coração...
Mãe Querida!!
Luisinha


terça-feira, 12 de maio de 2009

Não Sei...

Estou fechada para o exterior pelo meu mundo interior. Não sei se vou sair facilmente, não sei se alguém me vai encontrar. Não sei se gosto de estar assim, ou se deveria querer estar de outra forma...
Não sei...
Enquanto isso penso, crio, recordo, sinto... Tudo parece estranho e ao mesmo tempo familiar. Tudo é motivo para a falta de expressão, porque... não sei se estou feliz ou se estou triste...
Não sei...
Luisinha

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ver com os olhos do coração


A vida é tão bela mas as coisas não correm como o esperado, então essa beleza fica deturpada e escondida nas visões daquilo que nos angustia e preocupa... Até que chegue alguém que nos "empreste os olhos" do coração e nos faça ver que nem tudo está perdido!!
Luisinha

Sem condições para estudar...

Já nem se pode estudar em condições...
Os funcionários da universidade resolveram fazer greve... Isto quer dizer que:
1- Estou sem o autocarro gratuito que me leva à faculdade de Pedagogia (ou vou num pago ou vou a pé 1h).
2- Estou sem biblioteca e não posso pesquisar para trabalhos...
3- Estou sem sala de computadores e não posso pesquisar na net ou fazer trabalhos ou consultar mail etc... (a solução é mesmo pagar em "lan house" como lhes chamam).
Enfim...
Para juntar à desgraça, amanhã os professores vão reunir para decidir se alinham na greve!! Tá bonito... Estou a ver o meu curso por um canudo...!
Não há-de ser nada...

Luisinha

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Quanta falta faz um amigo...

Luisinha


terça-feira, 5 de maio de 2009

Saudades de casa...

Agora penso mais vezes na minha casa, no meu quarto, nas minhas coisas que ficaram lá, nas estantes dos livros, nas cartas para escrever às amigas, nas minhas gatas e as brincadeiras que fazíamos, nas plantas da varanda, no sofá da sala onde ficava por vezes até de madrugada... Nos bolos que fazia na cozinha, saudades de cada canto. Na família, nos chás que fazia à minha mãe e aos meus irmãos, nas massagens que fazia à minha mãe quando ela estava mais cansada, nas risotas com os meus irmãos e sobrinho, na companhia e conversas com a minha prima, nas visitas à minha avó, nas reuniões de família e brincadeiras com os priminhos, sempre inventávamos alguma coisa para fazer... Nos passeios pela cidade sozinha, nos refúgios da Sé, no entardecer da varanda, nas manhãs com as andorinhas que vinham à minha janela, na tranquilidade de poder andar na rua sem ter de recear que algo aconteça...
Sinto saudades de casa...

Luisinha

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Rochele escreve seu nome

Eu estava sozinha em casa com a Rochele e tinha umas coisas para estudar e passar a limpo. Fui ao quarto buscar as coisas para fazer na sala e a Rochele veio atrás de mim, curiosa como sempre... Deixei a porta aberta e ela entrou comigo. Queria fazer algum jogo com ela mas não sabia qual, não tinha nenhum em mente. Perguntei se ela sabia algum jogo e ela disse que não. Talvez ela gostasse de desenhar. Perguntei se ela queria desenhar mas ela disse que não. Mesmo assim, eu peguei em papel branco e as minhas canetas coloridas e fui para a sala, sabendo que ela viria atrás de mim.
Sentei-me na mesa e ela ficou em pé a observar-me. Eu disse para ela se sentar mas não quis, foi deitar-se no sofá. Enquanto eu escrevia ela dava voltas no sofá, visivelmente aborrecida... Até que levanta-se e veio observar-me outra vez. Seu disse para sentar-se e ela sentou-se! Dei-lhe as folhas e as canetas (lamentando em pensamento não ter lápis de cor) e ela começou a desenhar. Fez uma casinha como as crianças fazem, com uma árvore em casa lado, como as crianças fazem. Em baixo desenhou uns corações e para minha surpresa, depois de a mãe ter dito que ela não sabia escrever, ela começou a escrever o nome dela. E escreveu-o várias vezes! Tem uma letra bonita. Perguntei se ela sabia escrever mais alguma coisa e ela disse que não.
A Rochele fez vários desenhos e em todos ela fazia corações e o nome dela. No final de cada desenho ela sempre queria amassar a folha e deitar fora mas eu sempre dizia que o desenho estava lindo e perguntava se podia guardá-lo para mim, como ela disse que sim, tenho-os comigo.
A mãe dela chegou no meio de um desses desenhos e ficou muito admirada com o nome dela escrito e perguntou à Rochele no tom mais sínico do mundo: "Ah que lindo! Foi a moça que te ajudou a escrever?"
Como a Rochele não respondia ela perguntou-me se eu a tinha ajudado a escrever, e eu, que nem sou mãe dela nem nada, respondi com o maior orgulho "não, foi ela que escreveu!"
Ela ficou meia atrapalhada e disse um "Ah..." muito seco... Depois ainda fez a triste recomendação num tom de repreensão para que a Rochele não me atrapalhasse!
Não acredito que ela nem saiba que a filha escreve o seu nome!!!
Cada vez me decepciono mais de estar naquela casa...

Luisinha