Durante a aula veio ao assunto o falar ou não falar às crianças sobre temas religiosos. Nos particulares sim, nos públicos não, mas se a maioria for católico sim, mas há que respeitar os que não são... e a discussão foi seguindo.
Uma colega disse assim: "professora eu acredito em Deus, gosto de rezar, conversar com Deus, mas nunca me vou confessar a um padre porque acho que ele não é exemplo para ninguém! Ele é um ser humano como nós, tem defeitos, e acho que nunca me iria confessar a alguém que também tem defeitos!"
Fiquei a pensar... No momento não consegui responder nada... Lá mais para o fim do dia, acho que a conclusão a que cheguei foi a seguinte: ela também não é nenhum exemplo de pessoa para supor que pode educar uma criança, e quanto mais dezenas e centenas delas ao longo da sua carreira como Educadora de Infância, pois também tem defeitos, erra, e o pior é que as crianças não seleccionam o que é bom ou mau, elas absorvem tudo o que lhes transmitimos intencionalmente ou não! Acho que tudo é relativo... Não se pode "catalogar" assim as pessoas. Mas isso só mostra a decepção dela, talvez ela quisesse que os padres fossem mesmo santos! Se calhar essa negação esconde um querer! E se ela quer é porque realmente tem crença em algo, espera por algo! Ou não?! Acho que há "crenças escondidas" que se expressam pela negação...
Luisinha
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